sexta-feira, 13 de junho de 2014

0 Proteína de 4 bilhôes de anos é reconstruída em laboratório

Pesquisadores conseguiram recriar em laboratório uma proteína "fóssil" de 4 bilhões de anos. A descrição da molécula foi publicada no jornal Structure e pode revelar novas ideias sobre a origem da vida disse o co-autor do estudo José Manuel Sanchez Ruíz da Universidade de Granada, Espanha. 

Como a vida surgiu a 3 bilhões de anos atrás ainda é mistério e muitos cientistas já tentaram recriar em laboratório as condições atmosféricas daquele tempo. Alguns acreditam na existência de um caldo primordial rico em amônia, presente nos oceanos, que com o passar dos anos evoluiria para moléculas complexas que formaram os precursores da vida. Outros acreditam que as reações químicas de fontes hidrotermais no fundo do mar, deram vida a membrana celulares e células simples. Já outros, acreditam que a vida começou na Terra a partir de um corpo do espaço contendo os ingredientes da vida ou talvez, os próprios organismos complexos. Ao todo existem 7 grandes teorias químicas a respeito, embora a última citada, não apresente explicações sobre o processo de geração da vida extra-terrestre. 

Recriar um ambiente idêntico ao que aconteceu a bilhões de anos atrás é uma tarefa quase impossível, mas simular em laboratório um possível acontecimento não. Os pesquisadores estudaram uma classe de proteína chamada de Tiorredoxinas (thioredoxins), que realizam dúzias de funções celulares no organismo em todos os três domínios da vida: Archaea, Eukaryotes e Bacteria. As principais proteínas funcionalmente presente em todas as formas de vida sugerem que elas são as raízes primordiais, dizem os pesquisadores. 

Para recriar a proteína, o grupo analisou todas as diferenças entre as versões das proteínas encontradas nos organismos em cada domínio. Eles mapearam as diferenças que existem entre os organismos atuais que divergiram. Utilizando esta informação, eles determinaram a sequências de aminoácido similar das proteínas ancestrais de tiorredoxinas que geraram todas as outras versões das vidas mais primitivas. Eles, então, recriaram a proteína em laboratório que é incrivelmente estável e funcional em um ambiente altamente ácido. 

"Faz muito sentido, pois as pessoas acreditam que a temperatura era extramente alta e os oceanos eram ácidos naquele tempo", disse Sanchez ao LiveScience. É claro que não há evidências concretas de proteínas ancestrais, então não há como saber com certeza quão próximo a proteína recriada se assemelha à original, disse o pesquisador. 



Fonte: LiveScience

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