quinta-feira, 5 de junho de 2014

0 Série - CORPO HUMANO (part. 2)

A coluna cervical


Coluna cervical
A Síndrome Cérvico-Braquial persegue os afetados até no sono. Nesse caso, as dores descem do pescoço passando pelo ombro e chegam até a mão. A causa frequente é o encolhimento (atrofia) dos discos intervertebrais, cuja função amortecedora diminui, expondo as vértebras a pressões maiores. Estas, por sua vez, reagem com a formação de novos tecidos ósseos. Resultado: hérnias ou calcificações (osteófitos, vulgarmente chamados de "bicos de papagaio") que aparecem nas bordas das vértebras, endurecem o pescoço e pressionam os nervos espinhais bem como a medula. Medidas preventivas: treinamento muscular e redução de estresse.

A coluna lombar


Hérnia de disco
Tudo começa com a protrusão - a projeção para frente do disco intervertebral. Ela resulta de uma pressão excessiva sobre a coluna vertebral inferior, a região lombar. O núcleo pulposo, gelatinoso, do disco intervertebral começa a pressionar cada vez mais contra a parede do anel fibroso que o encerra. Formam-se pequenas rupturas e, em dado momento, o anel se rompe (prolapso): o núcleo pulposo é expelido para o interior raquidiano e comprime os nervos. Ou pode ocorrer uma hérnia sequestrada: quando um fragmento herniado migra para cima ou para o interior do forame. Recomendação para estes casos: fortalecimento e reconstrução da musculatura costal.


Coluna lombar
As vértebras lombares localizam-se na extremidade inferior de nosso eixo central. Por causa disso, precisam suportar uma pressão particularmente intensa, embora a coluna vertebral seja construída de tal forma que os discos intervertebrais deveriam funcionar como amortecedores e manter a mobilidade, estabilidade e a resistência a impactos. Mas devido ao andar ereto do ser humano, são justamente essas vértebras inferiores que estão expostas às maiores exigências. Acontece que todo o peso de nosso corpo repousa sobre uma base de apenas poucos centímetros quadrados. Pela manhã, quando os discos intervertebrais se recuperaram dos esforços do dia anterior, uma pessoa jovem é entre 2 e 3 cm mais alta que à noite. Mas na idade mais avançada esses corpos gelatinosos não se regeneram mais de forma tão eficiente.

Assim como um carro que faz longas viagens, nossos amortecedores se desgastam rapidamente. Enquanto em uma criança pequena os discos intervertebrais ainda são alimentados com nutrientes por meio de vasos sanguíneos, essas canalizações de abastecimento se perdem em razão da pressão do aprender a andar. A partir desse momento, o disco intervertebral tem de se alimentar por osmose: ele suga seminutrientes de suas proximidades, e expele novamente produtos residuais resultantes - uma transformação que, nitidamente, piora a qualidade de seus tecidos e o sistema de alimentação. Além disso, o teor de água no núcleo do disco intervertebral cai de 90% no primeiro ano de vida para 75% na oitava década. A redução da capacidade amortecedora e diminuição da absorção de nutrientes já levam, a partir dos 30 anos, a um desgaste progressivo. Aos poucos o disco intervertebral vai murchando e acaba secando. O seu anel fibroso pode se romper e partes do núcleo gelatinoso se projetam para fora dele, pressionando os nervos próximos.

Na área da coluna vertebral inferior, nervos espinhais - ou raquidianos - saem dos chamados forames intervertebrais (as aberturas formadas pela articulação de duas incisuras vertebrais) que se estendem pela bacia e as pernas. Quando o corte transversal desses orifícios diminui porque nos inclinamos para o lado ou para trás e os maltratados discos intervertebrais não conseguem mais manter uma distância da vértebra, o espaço fica realmente apertado.

Hérnia de disco
Setenta e cinco por cento de todos os problemas lombares originam-se precisamente aqui. Um abaulamento do disco intervertebral pode comprimir os nervos (a chamada protrusão); o núcleo gelatinoso do disco intervertebral pode ser completamente pressionado para fora de seu invólucro (prolapso); ou apenas uma pequena parte se separa e migra (sequestro). De vez em quando, articulações vertebrais são comprimidas e então friccionam dolorosamente (síndrome facetaria). Como todos esses processos ocorrem em um espaço altamente limitado, podendo tocar tangencialmente as fibras nervosas responsáveis por regiões muito maiores do corpo, o diagnóstico preciso muitas vezes é complicado. As chamadas "síndromes de dores não específicas" se irradiam por músculos e pele, pela região lombar e os pés, pela bacia e as articulações dos joelhos e podem, através de uma reação em cadeia, espalhar-se inclusive pelas regiões superiores do corpo. Hoje em dia, os procedimentos médicos de imagens são considerados menos elucidativos, porque as modificações que podem ser constatadas objetivamente na coluna vertebral e dores individuais raramente combinam. Muitas pessoas têm um problema de hérnia de disco (ou prolapso de disco intervertebral) e se dão conta disso.

Assim, muitas vezes as crises causadas por hérnias de disco ou outros problemas vertebrais só são tratadas de acordo com o procedimento de "tentativa e erro" (trial and error, em inglês): conservativamente com repouso ou ginástica e medicamentosamente com analgesia local através de injeções de procaína ou o emprego de corticóides (particularmente cortisona). A cirurgia aberta, na qual todo um disco intervertebral é extraído, dando origem a excrescências granosas, em geral é evitada. O procedimento padrão para retirar uma hérnia de disco, ou o tecido excedente de um disco intervertebral, é a microcirurgia, na qual os cirurgiões introduzem instrumentos e iluminação por um funil em uma pequena incisão e controlam a operação por meio de um microscópio.

Para que a bacia não fique quebradiça


Quando as células ósseas morrem mais rápido do que são reconstituídas, fala-se de osteoporose. Durante muito tempo essa perda óssea não se manifesta e não apresenta sintomas. Ela só é notada quando, mesmo em pequenos acidentes, já se quebra um osso. Fraturas particularmente frequentes são as do colo do fêmur, perto da junção com a bacia. Mulheres com mais de 45 anos de idade passam mais tempo em hospitais em consequência de fraturas ósseas resultantes da osteoporose do que, por exemplo, devido a ataques cardíacos ou câncer. Mas não só nas mulheres os ossos se tornam quebradiços: 1 em cada 8 homens também é afetado pelo problema.

Cintura pélvica
No limite entre a parte superior e inferior do corpo, o chamado cinturão pélvico forma uma base estável do esqueleto humano. É aqui que se localizam os grupos musculares mais potentes e os ossos mais fortes do corpo encontram sustentabilidade. Mas é também aqui, entre as partes superior e a inferior, que os processos de perda óssea derivados da idade se manifestam primeiro. É sobretudo nas grandes vértebras lombares, nos colos de fêmures e nos ossos da bacia (particularmente o ilíaco) que a elaborada estrutura de células ósseas, sais calcários e fibras de colágeno começa a falir.


CONTINUA...


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