quinta-feira, 19 de junho de 2014

0 Série - CORPO HUMANO (part. 4 FINAL)

A articulação coxofemoral


Articulação coxofemoral
A osteoporose, ou perda óssea, enfraquece todo o esqueleto de pessoas mais idosas, principalmente a coluna vertebral e a região da bacia. Não se sabe ainda exatamente o que provoca a desmineralização óssea e por que a delicada estrutura de células, fibras de colágeno e sais se torna porosa, esburacada. A perda de massa óssea pode ser particularmente intensa em mulheres nos primeiros 5 anos após a menopausa. Para evitar deformações dolorosas como a hipercifose (vulgarmente chamada de "corcunda", o aumento anormal da concavidade anterior da coluna dorsal) ou fraturas do colo do fêmur. Os especialistas aconselham a prática de esportes e muita movimentação física.

A articulação do joelho


Articulação do joelho
A artrose, o desgaste das articulações, apresenta-se com frequência nos joelhos. Devido à sobrecarga extrema, durante toda a vida, o amortecedor condilar fica cada vez mais fino, menos elástico e mais rígido. Com o tempo, os tecidos ao seu redor podem se inflamar. Isso resulta em uma grosseira deformação das superfícies de contato e uma redução da capacidade de deslizamento da patela pelo côndilo femoral. Por fim, talvez haja uma ameaça do "endurecimento" da articulação. Um dos grandes fatores de risco é a obesidade. Em razão disso, os médicos aconselham a perda de peso excessivo.

Quando a cartilagem sofre desgaste


Se nenhum acidente provocou danos aos joelhos, as alterações naturais nesta articulação geralmente só se apresentam após os 50 anos de idade. O tecido cartilaginoso deixa de poder armazenar tanta água como antes, o colágeno, parecido com um gel deslizante, perde sua elasticidade. A camada cartilaginosa que recobre as extremidades dos ossos torna-se mais fina, rígida e suporta menos pressão. O adensamento dos tecidos estreita as vias de trânsito dos nutrientes e a expulsão dos resíduos. Pois a cartilagem, uma estrutura semelhante a uma esponja como os discos intervertebrais, se alimenta por meio de processos de sucção e eliminação de líquidos sinoviais que banham a articulação do joelho dentro da cápsula articulatória. Quando o tecido sinovial inflama, ocorrem dores fortes, o joelho incha e a articulação enrijece. Uma inflamação artrítica pode acarretar uma artrose, ou seja, um desgaste mecânico das superfícies da articulação, e vice-versa.

Misteriosa artrose


O processo de surgimento de uma artrose é complexo. Fatos mecânicos e bioquímicos agem em conjunto. Onde começa o processo? No osso ou na cartilagem? A origem estaria em enzimas hiperativas ou em um sistema imunológico hiperativo? O que provoca o processo do envelhecimento? Qual é o papel de exigências excessivas ou erradas da articulação, por exemplo, por meio de uma obliquidade pélvica, profissão, esporte ou uma musculatura fraca das pernas? Alguns especialistas consideram principalmente a obesidade acentuada ou o trabalho físico pesado como causas da exigência excessiva crônica e do desgaste precoce das articulações. Outros estão pesquisando fatores genéticos, que desempenham um papel no processo, mas de modo algum levam automaticamente ao surgimento de problemas. Sabe-se com certeza apenas que a cartilagem constitui o pivô do problema, mas que muitas outras estruturas como músculos, ossos, meniscos, ligamentos, tendões, tecidos gordurosos e bursas também têm sua participação nesse processo.

Raio X
Além disso, o grau de desgaste da cartilagem não se correlaciona com a intensidade da dor. Durante muito tempo, a distância entre os ossos do joelho, visível em uma radiografia, era considerada como indicação para avaliar o grau da doença, quanto menor a distância, mais grave o dano, pois o tecido cartilaginoso não é visível em uma imagem de raio X. Mas de acordo com diagnósticos radiográficos, 70% dos americanos com mais de 70 anos sofrem de artrose, embora somente a metade deles também desenvolva dores sintomáticas. Lesões em ligamentos, tendões ou nos meniscos dos joelhos são diagnosticados hoje em dia por meio de tomografias de ressonância magnética.

Por isso, os médicos geralmente recomendam uma artroscopia como complementação de processos de imageamento tanto para fins diagnósticos como terapêuticos. Na artroscopia diminutos instrumentos cirúrgicos e micro-câmeras são inseridos no joelho por meio de cânulas. Mas o método também é bastante controvertido, pois ele pode provocar lesões e infecções na articulação. Injeções de ácido hialurônico parecem aliviar as dores, mas são incapazes de eliminar suas causas. A maioria dos anti-inflamatórios tomados por via oral (produtos antirreumáticos não esteróides, NSAr) não são mais eficientes que a aspirina, mas prejudicam muito mais o estômago.

No caso de dores persistentes, pode-se injetar cortisona diretamente no joelho. Mas injeções frequentes não são recomendáveis. A acupuntura alivia a dor.

Tratamentos médicos com sanguessugas
Melhor que qualquer terapia padrão é o tratamento com sanguessugas. Embora elas não possam deter a deterioração cartilaginosa, esses anelídeos, criados especificamente para fins medicinais, transferem uma mistura de diversas substâncias ao local da mordida que, em 80% das pessoas tratadas com esse método, reduziu consideravelmente as dores. O efeito desse tratamento dura cerca de 3 meses.



Fonte (referência):

QUANDO algo no esqueleto dói. 2012. Disponível em: <http://revistageo.uol.com.br/cultura-expedicoes/23/quando-algo-no-esqueleto-doi-poucos-sintomas-atormentam-tantas-211720-1.asp>. Acesso em: 14 jul. 2012.

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