quinta-feira, 12 de junho de 2014

0 Série - CORPO HUMANO (part. 3)

Esqueleto, um canteiro de obra constante


Histologia do tecido ósseo
Durante toda a vida a substância óssea é construída e demolida. Os osteoblastos, as células formadoras de tecidos ósseos, expelem a substância básica de formação óssea durante tanto tempo até serem completamente envolvidos por ela. Depois disso, essas células são chamadas de osteócitos. Para que os ossos não continuem crescendo continuamente, eles dispõem de outras células, os osteoclastos, que asseguram a destruição do tecido ósseo excedente. 75% (Setenta e cinco por cento) dos ossos são constituídos de sais minerais, entre os quais o mais importante é o cálcio, que é embutido no tecido ósseo com a ajuda da vitamina D, formada sob influência da luz solar na pela, mas também absorvida através da alimentação.

Ates os 35 anos de idade, prevalecem os processos de formação e a massa óssea aumenta constantemente. Depois disso, ela começa a diminuir à razão de cerca de 1,5% ao ano. O hormônio da paratireóide (PTH ou paratormônio), secretado pelas glândulas paratireóidais, entra em ação quando o nível de cálcio no sangue diminui acentuadamente. Então ele estimula os osteoclastos a liberar cálcio dos ossos e transferi-lo para o sangue. Desse modo, a substância óssea é reduzida. Ao mesmo tempo, o corpo se esforça para absorver mais cálcio do intestino.

Finalmente, outro hormônio, a calcitonina da glândula tireóide, freia novamente a atividade dos osteoclastos. No metabolismo dos ossos, um importante papel é desempenhado pelo estrógeno, nas mulheres, e pela testosterona, nos homens.

Vista panorâmica do esqueleto humano
O tecido ósseo, que no jovem adulto é resistente à pressão como arenito, e à tração como o cobre; que é flexível como arame de aço e elástico como a madeira de carvalho, acaba ficando podre e quebradiço. Sua estrutura interna decai, o esqueleto, literalmente, implode. No decorrer da vida, o equilíbrio entre construção e demolição das células ósseas sai dos trilhos por diversas razões. Falta de hormônios, além de alimentação errada, hipertireoidismo, falta de exercícios físicos e a ingestão de medicamentos corticóides durante períodos prolongados, como pode ocorrer em casos de asma e inflamações intestinais, danificam os ossos.

A exclusão dos hormônios


A osteoporose em geral é diagnosticada precocemente por meio da chamada densitometria óssea. Para este exame servem diversos tipos de tomografias computadorizadas, bem como exames de absorciometria por dupla emissão de raios X (DXA, na sigla em inglês), um procedimento com emissão muito reduzida de radiação. O radiologista determina no fêmur ou nas vértebras da coluna lombar, o conteúdo mineral em gramas por centímetro cúbico. Se esse valor se distanciar mais de 20% do valor padrão de uma pessoa saudável de 30 anos, a osteoporose é considerada comprovada. De acordo com esses critérios de definição da Organização Mundial da Saúde (OMS), 200 milhões de pessoas ao redor do planeta sofrem dessa doença de perda óssea. Outros peritos questionam se é viável comparar os valores de pessoas mais idosas com os de jovens, e só aceitam o diagnóstico de perda óssea a partir de uma diferença de, no mínimo, 30%.

Células tronco
O tratamento medicamentoso envolve, em primeira linha, a prescrição de comprimidos de cálcio e vitamina D, além da calcitonina e do fluoreto de sódio. O tratamento profilático de substituição hormonal por estrógenos, recomendado comumente no passado para as mulheres na menopausa, já vem sendo criticado há alguns anos, uma vez que está sob suspeita de aumentar os riscos de câncer de mama. Por essa razão, muitos médicos prescrevem bifosfonatos como substituição estrogênica. A utilização de células tronco, por exemplo, cuja ajuda deve possibilitar a regeneração de tecidos ósseos destruídos (Morbus Perthes), ainda se encontra em fase de testes experimentais, como na Espanha.

Subir escadas e dançar

Alimentação rica em cálcio

Na prevenção racional de uma osteoporose figuram principalmente os meios caseiros, sem riscos, que provaram ser úteis: sol e ar fresco estimulam a produção natural de Vitamina D no organismo; a desistência de substâncias prazerosas, como bebidas alcoólicas, nicotina e cafeína impede a depleção indesejável de cálcio. Recomendados são uma alimentação balanceada e rica em cálcio (laticínios como queijos, laranjas, nozes, água) e musculação. A fraqueza da musculatura das coxas, frequentemente diagnosticada em pacientes de osteoporose, e que favorece quedas, pode ser confrontada facilmente com exercícios como subir escadas, dançar e fazer longas caminhadas. E, em cursos específicos, pessoas mais idosas podem aprender como se cai corretamente, sem se machucar.


CONTINUA...

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